O termo ESG (Environmental, Social and Governance) vem crescendo cada vez nos debates e pensamento do mercado financeiro como critério de decisões e investimentos.
O termo ESG (Environmental, Social and Governance) é uma sigla usada para representar as práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização e vem crescendo cada vez nos debates e pensamento do mercado financeiro como critério de decisões e investimentos.
A abreviatura surgiu pela primeira vez há mais de uma década em um relatório do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da ONU, acompanhado de instituições financeiras de 9 países diferentes, incluindo o Brasil. Com o nome de “Who Cares Wins” (Ganha quem se Importa, em tradução), foi feita a provocação pelo então Secretário-Geral da Onu, Kofi Annan, para os grandes CEOs das instituições sobre como conseguir integrar os fatores ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais.
Entendendo melhor a sigla ESG e a quais práticas elas se referem:
Ambiental: refere-se às práticas de conservação relacionadas ao meio-ambiente sobre temas como emissão de carbono, poluição de água e ar, desmatamento, eficiência energética, gestão de resíduos e aquecimento global.
Social: diz respeito sobre as relações sociais da empresa com todo seu universo, como respeito aos direitos humanos e às leis trabalhistas, proteção de dados e privacidade, diversidade da equipe, relação com clientes e colaboradores e impacto na sociedade.
Governança: está ligado às políticas e conduta administrativas da empresa, como composição de conselho, relação com entidades do governo, remuneração, auditorias, práticas anticorrupção e canais para denúncias.
E os critérios ESG estão totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, os chamadas ODS.
Por mais que 2004 pareça um ano distante dos dias de hoje, o assunto nunca esteve tão em pauta quanto em 2022. Após inúmeras evoluções tanto de mercado, quanto em tecnologia, quanto a relação de consumidores e marcas, o surgimento de uma “nova economia”, cada vez mais empresas vão ganhando investimentos e reputação atrelados a boas práticas sustentáveis em suas operações e resultados.
Segundo relatório recente da Consultoria PwC, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que seguem os critérios ESG até o ano de 2025, com ativos na casa de 3,6 trilhões de euros. A PwC também estima uma taxa de crescimento anual de fundos de ações ESG em 26.8%.
Já no Brasil, segundo relatório da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), os fundos ESG captaram cerca de R $2,5 bilhões em 2020 em levantamento feito pela Morningstar e pela Capital Reset.
É uma real mudança no cenário de investimentos, que foi alavancada com a pandemia de Covid-19 no mundo todo, onde inúmeras estruturas financeiras foram desenvolvidas chamando atenção por suas inovações e impactos positivos. Cresce cada vez mais a responsabilidade de investidores, dinamizadores, grandes empresas e setor público em lidar com esse avanço de mentalidade.